terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Artigo - A economia brasileira precisa de mais mulheres.


Hoje colocarei um artigo da revista Gestão & Negócios, que tem como tema -A economia brasileira precisa de mais mulheres.


A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiros é histórica e muito resistente
nos dias atuais. No último mês de julho, por exemplo, o IBGE apurou uma taxa de desemprego geral no País de 6%. Mas quando se apura essa mesma taxa somente entre homens, ela cai para 4,7% e quando somente entre mulheres, ela sobe para 7,6%. A taxa de desemprego entre mulheres no Brasil, portanto, é 62% maior que a taxa entre homens. As mulheres representam 57,6% dos desempregados do País. E mais: em uma mesma posição ou cargo, as mulheres recebem 75% do salário dos homens. Ou seja: elas têm mais dificuldade de arrumar trabalho e quando arrumam, ganham menos.


Mas será que isso traz algum prejuízo para a economia brasileira? Sim, e muito, diz um relatório recente do Banco Mundial (Bird). Se homens e mulheres tivessem oportunidades iguais no mercado de trabalho, a produtividade da economia mundial poderia crescer entre 3% e 25%. Na América latina, esse aumento poderia atingir 16%. Tivesse o Brasil mais mulheres trabalhando e fossem elas mais valorizadas, a economia brasileira ganharia muito com isso.




As habilidades femininas no mundo do trabalho são várias, mas de valor não reconhecido pelas empresas em geral. Sobretudo em um país machista como o Brasil, a mulher brasileira aprendeu a obter o que deseja por meio do convencimento, uma vez que não lhe foi dada a oportunidade pedir em igualdade de direitos com o homem. A arte de convencer, uma vez transportada por exemplo para o campo da gestão de empresas, se mostra de alta eficiência. O gerenciamento por convencimento é muito mais eficiente que o gerenciamento autoritário, prepotente, tipicamente masculino. É claro que estamos falando aqui de forma generalizada, sendo sempre possível encontrar exemplos contrários de um lado e de outro.
Mas será que as mulheres estão em pior situação no mercado de trabalho por uma questão de formação? O último Censo da Educação, relativo ao ano de 2009, mostra que 58,8% das pessoas que concluem um curso superior no Brasil são mulheres. Na Educação a Distância (EaD) elas representam ainda mais: 76,2% dos concluintes.
Mas se as mulheres possuem habilidades de alto valor e se há mais mulheres do que homens estudando em universidades brasileiras, porque elas têm mais dificuldade no mercado de trabalho e porque ganham menos do que os homens? Não há pesquisa que aponte a causa desse problema, mas resta uma explicação bastante provável, fácil de se comprovar na prática: o preconceito. O espírito machista ainda é forte no mercado de trabalho brasileiro. Pior para as mulheres? Sim, pior para as mulheres, mas não apenas para elas: pior para o Brasil.


Fonte da postagem: Revista Gestão & Negócios. Nº: 36 
Artigo: por Luiz Guilherme Brom


Postagem por Isabelle G.



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